segunda-feira, 27 de agosto de 2012


GABARITO  AVALIAÇÃO TRIMESTRAL DE SOCIOLOGIA
PRIMEIROS ANOS- ENSINO MÉDIO

Gabarito: 

Resposta da questão 1:
 [D]

O enunciado da questão faz referência à noção de representação coletiva, que é algo de diverso da simples soma das consciências particulares. Segundo Durkheim, essa mentalidade dos grupos possui suas próprias leis, o que justifica a existência da sociologia (em oposição à psicologia) para analisá-la.  

Resposta da questão 2:
 [D]

O texto da questão faz referência ao conceito de fato social. O fato social, na perspectiva durkheimiana, se constitui no objeto da análise sociológica, devendo ser exterior aos indivíduos, coercitivo e geral.   

Resposta da questão 3:
 [B]

[A] INCORRETA. Os fatos sociais não são definidos somente por sua exterioridade, mas, também, por sua generalidade e coerção em relação aos indivíduos.
[B] CORRETA. A noção de fato social permite a Durkheim diferenciar a abordagem sociológica das abordagens psicológicas e de senso comum.
[C] INCORRETA. Uma vez que os fatos sociais são exteriores aos indivíduos, não se pode dizer que eles sejam fruto da ação intencional individual.
[D] INCORRETA. Era Marx, e não Durkheim, que estava preocupado em analisar a sociedade a partir das relações materiais de produção.
[E] INCORRETA. Não se pode dizer que os tipos ideais sejam uma espécie de cópia ou desenvolvimento da noção de fatos sociais.  

Resposta da questão 4:
 [E]

Somente a alternativa [E] é incorreta. Nas sociedades ditas “tribais”, os papéis sociais são bem definidos, havendo pouca margem de escolha para os membros do grupo se diferenciarem como queiram. Não por acaso, Durkheim estuda as sociedades “primitivas” para poder compreender a sociedade moderna.  

Resposta da questão 5:
 [D]

Somente a alternativa [D] está incorreta e contraria o texto do enunciado. A educação inclusiva não desvaloriza as diferenças, mas estimula o convívio entre aquilo que é diferente, favorecendo a tolerância e o respeito recíproco.  

Resposta da questão 6:
 [A]

Ainda que todas as alternativas apresentem concepções que podem ser consideras como verdadeiras, somente a alternativa [A] está de acordo com a concepção de Durkheim apresentada no texto. Segundo o autor francês, a educação está relacionada ao processo de reprodução da sociedade, que ocorre pelo desenvolvimento, nas gerações mais novas, de estados físicos, intelectuais e morais.  

Resposta da questão 7:
 02 + 16 = 18.

Somente as afirmativas [02] e [16] estão corretas. Por definição, os fatos sociais são exteriores aos indivíduos e exercem coerção sobre eles. Sendo assim, também as formas de pensar e as ideias morais são exteriores e se lhes impõem, não podendo ser escolhidas livremente. Vale ressaltar que a noção de “ação social” não faz parte da sociologia durkheimiana, mas de Max Weber.  

Resposta da questão 8:
 [A]

Durkheim ensina que o homem se defronta com regras de conduta que não foram criadas por ele, mas que existem, e são aceitas na vida em sociedade, devendo ser seguidas por todos. Assim, sem estas regras, a sociedade não existiria e é por isso que os indivíduos devem obedecer a elas, o que os jovens do texto, na prática do “ficar”, não o fazem, porque tal prática é marcada por comportamentos que aceitam a transitoriedade e a mudança como regra de vida em sociedade.  

Resposta da questão 9:
 [A]

A presente questão é simples, mas interessante. A frase "prever para prover" está relacionada ao positivismo de Auguste Comte. Isso porque faz referência à capacidade de previsão da ciência positiva. Segundo essa visão, a ciência positiva seria capaz de, não somente explicar e prever os fenômenos, mas, também, de dar as diretrizes para a sociedade (e por isso, o prover).  

Resposta da questão 10:
 [E]

O conceito sociológico de “instituição” difere daquele que se utiliza no linguajar corrente. Sociologicamente, as instituições são definidas como estruturas sociais estáveis que apresentam regras definidas e socialmente reconhecidas pela sociedade, apresentando as características de exterioridade, objetividade, autoridade moral e historicidade. Um caso exemplar de instituição social é a linguagem.  

Dissertativas

Resposta da questão 1:
 a) - alteração/mudança na taxa de suicídios.
- provocada por situações sociais (problemas na sociedade).
- externalização da fragilidade moral/ força moral da sociedade.
3 tipos de suicídio:
1. Altruísta: indivíduo valoriza mais a sociedade do que a ele mesmo.
2. Egoísta: há falta de redes de convívio social e de limites sociais para o indivíduo.
3. Anômico: as partes do corpo social não funcionam mais e o indivíduo perde sua referência.


b) Tese central de Durkheim
O suicídio é ... um fato social
(ou) ... um fenômeno social:
 exterior, geral, coercitivo
pode ser explicado pela sociologia , já que as causas estariam na sociedade.

Resposta da questão 2:
 A socialização primária da criança é realmente uma das funções primordiais para a família no seu modelo contemporâneo. Através da instituição familiar e mediante um processo de identificação afetiva, a criança aprende a língua e incorpora a cultura, os valores, os comportamentos aceitos e o seu papel dentro da sociedade. A socialização primária é a etapa mais importante para a constituição do indivíduo social.  Processo de integração social.

Resposta da questão 3:
 Segundo a teoria durkheimiana, existem dois tipos de solidariedade na sociedade: a solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica. A solidariedade mecânica está presente nas sociedades primitivas, que apresentam baixa divisão do trabalho, consciência coletiva e pouco espaço para o indivíduo, enquanto que a solidariedade orgânica existe em sociedades modernas, de alta divisão do trabalho. As sociedades marcadas pela solidariedade mecânica  diferenciam-se pouco entre si em sentimentos e valores. Já nas sociedades de solidariedade orgânica, a coesão da sociedade se dá pela diferenciação entre os indivíduos (interdependência).  

Resposta da questão 4:
 Pode-se dizer que somente com Durkheim a sociologia ganhou o status de ciência. A partir dele, a sociologia ficou conhecida como a ciência do fato social. Isso porque ele trabalhou a partir de um modelo científico forte na época (o positivismo), desenvolvendo uma metodologia própria (métodos, regras, técnicas) e um campo de análise específico para a sociologia, diferenciando-a da história, da filosofia e da psicologia.
 Isso se verifica especialmente nas obras O suicídio e As regras do método sociológico (sociedade como coisa+ afastar as pré-noções). Além disso, foi Durkheim quem instituiu o curso de sociologia na Universidade francesa, passo esse fundamental para que um campo de análise seja considerado com ciência.  

 Questão 5: As sociedades não europeias eram vistas e entendidas como uma etapa “não civilizada”, ou seja eram inferiores à europeia. Superioridade racial- discurso.
Europa deveria levar o ideal de civilização.
Justificativa para a conquista imperialista: levar o progresso e a civilização.
Relação com:
- Eugenia.
- Etapas do desenvolvimento para Comte.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

RESUMO ESTADO NOVO

Por: Ligia Vieira Bruno - 1º B 
(pesquisa em: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/estado_novo.htm)

ESTADO NOVO DE GETÚLIO VARGAS
O Estado Novo é o nome que se deu ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil de 1937 a 1945. Este período ficou marcado, no campo político, por um governo ditatorial.
O Golpe de Estado de 1937

Em janeiro de 1938 deveriam ocorrer as eleições presidenciais. Porém, alegando a existência de um suposto plano comunista (Plano Cohen) e aproveitando o momento de instabilidade política pelo qual passava o país, Getúlio Vargas deu um golpe de estado em 10 de novembro de 1937. Vargas contou com o apoio de grande parte da população (principalmente da classe média com medo do comunismo) e dos militares. Começou assim um período ditatorial.

Após o golpe, Vargas fechou o Congresso Nacional e impôs um nova constituição (apelidada de “polaca”) com várias características anti-democráticas.

Realizações e fatos deste período:

- Censura aos meios de comunicação (rádios, revistas e jornais) e às manifestações artísticas como, por exemplo, teatro, cinema e música;
- Criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para promover e divulgar as realizações do governo;
- Perseguição e, em alguns casos, prisão de opositores e inimigos políticos;
- Repressão às manifestações políticas e sociais (protestos, greves, passeatas);
- Controle dos sindicatos;
- Criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, garantindo vários direitos aos trabalhadores;
- Criação da Justiça do Trabalho, da carteira de trabalho, salário mínimo, descanso semanal remunerado, jornada de trabalho de oito horas e regulamentação do trabalho feminino de menores de idade;
- Centralização administrativa do estado (aumento da burocracia estatal);
- Criação de um nova moeda, o cruzeiro;
- Investimentos em infra-estrutura e ênfase no desenvolvimento industrial (criação da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia Vale do Rio Doce);
- Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados (Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética), com o enviou da FEB (Força Expedicionária Brasileiras) aos campos de batalha na Itália.

Fim do Estado Novo

Com o final da 2ª Guerra Mundial (1945) e a derrota das nações fascistas, a opinião pública começou a contestar o regime ditatorial varguista. Intelectuais, artistas, profissionais liberais e grande parcela do povo queriam a volta da democracia ao país. A pressão para a renúncia de Vargas aumentava a cada dia. No dia 29 de outubro de 1945, um movimento militar, liderado por generais, depôs do poder Getúlio Vargas.

Conclusão

O governo de Vargas, durante o Estado Novo, apresentou pontos positivos e negativos para o país. Na área econômica, o país fez grandes avanços com a modernização industrial e investimentos e infra-estrutura. Os trabalhadores também foram beneficiados com leis trabalhistas, garantindo diversos direitos. Porém, no aspecto político, o Estado Novo significou a falta de democracia, censura e aplicação de um regime de caráter populista.
Resumo de História - República Populista

       Gente, fiz um resumo de História sobre a República Populista... Quem se interessar, está aqui. O restante do conteúdo ta bem explicadinho na ficha que ela deu no dia dos testes. (:







segunda-feira, 13 de agosto de 2012


MATÉRIA DA PROVA DE GEOGRAFIA

  • A ESTRUTURA GEOLÓGICA E FORMAS DE RELEVO - PÁGINAS 236 A 253.
  • OS RECURSOS HIDRICOS - PÁGINAS 283 A 292.
  • RIOS BRASILEIROS E ESCOAMENTO DAS AGUAS SUPERFICIAIS - PÁGINA 319.
  • HIDROELETRICIDADE A AMEAÇA A SOCIOBIODIVERSIDADE - PÁGINAS 450 A 452.

terça-feira, 7 de agosto de 2012


Apresentações de PT2

Política


Apesar de censurada, a prática de sátira politica (se inspirar em figuras políticas para criar personagens) era muito presente nas obras do século XVII. Há quem diga que Shakespeare satirizou Lord Burghley – conselheiro-chefe de Isabel I da Inglaterra – como o personagem Polônio, de acordo com seu jeito de falar e agir.
Polônio é um estadista ancião num cargo semelhante ao do Lord Burghley. Ainda nesse raciocínio, os diversos conselhos que Polônio entrega a seu filho Laertes são muito parecidos ao dos de Lord Burghley para seu filho. Os estudiosos também chama atenção para a verobosidade entediante de Polônio, que dizem ser semelhante à de Burghley. Finalmente, a relação da filha de Lord Burghley , Anne Cecil com Eduardo de Vero.
Outro aspecto político da obra é a relação entre a Dinamarca e a Noruega. Em um combate entre as monarquias desses países, o rei Hamlet matou Fortinbrás, da Noruega, conquistando suas terras. No início da obra, diz-se que o príncipe  Fortinbrás, norueguês, queria retomar as terras perdidas por seu pai. Esse princípio de um novo conflito deixa todos da Dinamarca atentos. No fim, Hamlet decide, à beira da morte, que o príncipe Fortinbrás, que havia chegado ao castelo, teria seu voto de confiança e subiria ao trono da Dinamarca.
Além disso, percebe-se que os laços familiares não são respeitados pois Cláudio mata seu próprio irmão, Hamlet para subir ao poder e casar-se com a rainha. Posteriormente, o príncipe Hamlet descobre a verdade e mata seu próprio tio para vingar a morte do pai.

Apresentações de PT2

Filosofia


Alguns problemas aconteceram, então o texto vai por foto.




Aqui, substituir onde está escrito Sócrates por Descartes.

Apresentações de PT2

Linguagem


   A linguagem do livro Hamlet, na maioria das vezes é bem elaborada e um pouco mais complexa, a linguagem na fala dos guardas, e de outras pessoas mais simples como Horácio é mais simples e menos elaborada, já a linguagem dos nobres, do Rei e de Hamlet é uma linguagem mais complexa, retórica e em suas falas há figuras de linguagem e metáforas mais complexas como há no segundo ato "Me perfilha como primo, pois não primo como filho".
    Cláudio por ser o Rei da Dinamarca, tendo um alto nível intelectual reforça o uso do "nós" e "nos" e metáforas, que foi muito usado nos discursos políticos da Grécia Antiga e ainda era usada na política. Hamlet usa muito uma linguagem altamente desenvolvida e retórica, linguagem usada na política porém as vezes tem falas muito objetivas e simples.
   Durante o livro, Hamlet ás vezes fala consigo mesmo estabelecendo falas em relação aos seus atos, ás vezes concordando ou discordando consigo mesmo em algumas falas sozinho.




Apresentações de PT2

William Shakespeare


William Shakespeare (1564-1616) foi um poeta e dramaturgo inglês, considerado um dos mais importantes autores de todos os tempos, que escreveu mais de 154 sonetos e numerosas obras dramáticas incluindo a tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca. Nasceu e faleceu na cidade de Stratford upon Avon, filho de John Shakespeare, importante comerciante da época e Mary Arden. Casou- se com 18 anos com Anne Hathaway, tendo 3 filhos com a mesma. Uma menina e gêmeos, sendo que um morreu com apenas 11 anos.
Shakesperare associou-se ao Globe Theatre, onde ficou famoso e começou a ganhar dinheiro, após sua ida a Londres deixando pra traz a mulher e os filhos. Podendo, finalmente, inicar sua carreira como autor. Depois de toda a fama, resolveu voltar pra Stratford e após alguns anos faleceu, deixando um rico acervo no qual se encontram clássicos como Romeu e Julieta, Hamlet, A megera domada, O rei Lear, Macbeth, Otelo, Sonho de uma noite de verão, Julio César, Muito barulho por nada, entre outros.

domingo, 5 de agosto de 2012

sábado, 4 de agosto de 2012


Inglês - Rio+20 - Part 3

Select 2 of the critical issues and find out what was agreed and what measures will be taken for a better future.
Write one text for each issue relating the measures to be taken and a comment of the group about them. Be sure to include how effective you think they will be and how can you contribute for a sucessful future in each issue.

Entrega: 20 de agosto, impresso

Tradução: Selecione 2 dos problemas, e descubra os acordos e as medidas que serão tomadas para um futuro melhor.
Escreva um texto para cada problema, relacionando as medidas a serem tomadas e um comentário do grupo sobre as mesmas. Lembre-se de incluir a opinião do grupo sobre quão eficaz  vocês acham que as medidas tomadas serão, e o como vocês podem contribuir para um futuro melhor em cada questão. 

Apresentações de PT2

Psicanálise


O Complexo de Édipo ocorre na fase de latência, dos 3 aos 5 anos até à puberdade. A criança começa a vivênciar um triângulo amoroso que envolve os pais, em que a pessoa do mesmo sexo torna-se rival pela conquista do sexo oposto. Ao descobrir a realidade de que a pessoa do mesmo sexo não é seu rival, e sim alguém em potencial acaba a rivalidade e começa a tê-la como um símbolo a seguir, superando assim o Complexo de Édipo.
   
Quando não se consegue passar pelo Complexo de Édipo com facilidade, isso faz com que, no caso dos meninos, a mãe seja colocada em primeiro lugar em tudo, desenvolvendo-se, em alguns casos, o homossexualismo, ou a achar que as mulheres são castras e não conseguem ter uma vida sexual satisfatória.
   
Ao resolver o Complexo de Édipo, a criança começa a perceber o que é proibido e o que é permitido, com a proibição moral ou imaginária incestuosa, paterna ou materna, em que o pai ou a mãe passam a ser o símbolo do poder, patriarca ou matriarca familiar, surge o que o Freud chamou de Superego, que serve para mostrar a punição ao consciente, na qual se desenvolve, a separação entre consciente e o inconsciente.

  
  No Complexo de Édipo de Hamlet, seu pai era seu rival quando tinha seu amor projetado em sua mãe. Depois da percepção do proibido e de gênero, seu pai deixa de ser rival e passa a ser o símbolo de poder, e Hamlet projeta o seu desejo e seu amor para Ofélia, após a morte de seu pai e o casamento de sua mãe com o tio, o desejo amoroso de Hamlet retorna à mãe, pelo fato de não aceitar a união incestuosa de sua mãe com seu tio, tendo assim o objetivo de vingança  

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


            ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO CIDADANIA- SOCIOLOGIA E INICIAÇÃO TEOLÓGICA

DATA DE ENTREGA: 20 DE AGOSTO




Professoras: Natália e Margareth

O relatório a ser desenvolvido deve conter:
1. Introdução:
- Deve situar o leitor sobre o que se trata o projeto e qual a sua finalidade;
- Nesta parte é preciso descrever a instituição onde as atividades serão desenvolvidas.

2. Resultados parciais:
- Apresentação de dados sobre a prática das atividades;
- Informações que ilustrem que o seu trabalho está sendo relevante para a instituição;
- Troca de experiências com membros responsáveis pela instituição.

3. Desenvolvimento metodológico:
- Descrição das atividades realizadas pelo aluno na instituição;
- Apresentação de imagens, fotos que ilustrem a parte prática do projeto.

4. Considerações Finais:
- Reflexão sobre a importância das atividades desenvolvidas;
- Avaliação do impacto da intervenção realizada pelo/a aluno/a para a instituição.

5. Referências Bibliográficas:
- Especificar livros, sites, jornais, revistas utilizados para a realização do relatório.
- Usar normas da ABNT. Exemplo nas orientações para elaboração do Projeto Cidadania (ficha entregue no 1º Tri)

FORMATAÇÃO- Word (fonte arial, tamanho 12)

O relatório deve ter :
  • Capa;
  • No mínimo 2 e no máximo 3 laudas.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Apresentações de PT2

Análise Contexto Histórico


Na transição do século XVI para o XVII, a Europa passava por diversas transformações. No âmbito da economia, a Liga Hanseática (principal associação de comércio europeia e formada por cidades alemãs, basicamente), estava em decadência, processo que seria selado com a Paz de Vestfália (1648) após a Guerra dos Trinta Anos; a Holanda começava sua ascensão econômica, baseada no comércio de açúcar e no financiamento de diversos investimentos internacionais (dado o fato de que a Holanda possuia o mais importante banco da época, o Banco de Amsterdã).

Ainda na economia, a criação da Companhia Britânica das Índias Orientais (1600) e da Companhia Holandesa das Índias Orientais (1602) colocou o monopólio do comércio das especiarias do Oriente nas mãos da Inglaterra e da Holanda, sobretudo nas mãos dessa última, que controlava toda a área do Sudeste Asiático, em 1640. As atividades dessas companhias comerciais, destacadas por terem uma existência bem mais longa e independente do que suas precursoras, formaram as bases das economias capitalistas modernas, pois elas conseguiram acumular capital e fazer investimentos de longo prazo, o que levou ao surgimento de comerciantes especializados em comprar e vender as “ações” dessas companhias. Essas mesmas companhias foram responsáveis pela abertura do mercado de escravos, em parceria com diversos governos nacionais, dado o seu alto valor, pois eles eram a mão de obra nos engenhos de açúcar e nas plantações de tabaco e algodão, as commodities cuja venda apresentava altíssimos lucros na Europa.

No Norte da Europa, a Dinamarca encontrava – se unida com a Noruega (Reino da Dinamarca e Noruega), enquanto que a Suécia se encontrava como um estado independente, porém com conflitos constantes com seus vizinhos, os dinamarqueses, cujo ápice deu – se na Guerra de Kalmar (1611 – 1613), na qual os dinamarqueses venceram os suecos e tomaram a região da Lapônia.

A França tentava se reerguer após a série de Guerras Religiosas no país, ocorridas entre 1559 e 1598. Nessas guerras, o país sofrera com a disputa entre os partidários da Casa de Bourbon (favorável aos huguenotes) e os partidários da Casa de Guise (antiprotestante). A assinatura do Édito de Nantes (1598) acalmou os ânimos religiosos no país e colocou o país em um breve período de paz, que acabou em 1618, com a entrada do país na Guerra dos Trinta Anos, no papel de protagonista do conflito, ao lado da Suécia, visando diminuir o poder da dinastia dos Habsburgos. No país, ainda destaca – se, no período, a figura do cardeal Richelieu, principal ministro do rei Luís XIII e responsável por moldar as bases para o governo absolutista de Luís XIV.

Na Rússia, o fim do reinado de Ivan IV consolidou ainda mais o poder de Moscou. Aumentando o poder do rei sobre a Igreja Ortodoxa, limitando o poder dos boyars (nobres russos) e organizando um exército, a Rússia conseguiu se extender até a fronteira da atual Lituânia, na época, unida com a Polônia. A ascenção da dinastia dos Romanov em 1613 aumentou o poder dos russos, a partir de conflitos com o Império Otomano [que se encontrava em constantes conflitos internos entre o Divã (suprema corte), o Grão Vizir (primeiro ministro) e os janízaros (unidades de elite do exército)], com a Suécia, com a República das Duas Nações (Lituânia e Polônia) e com a Pérsia Safávida.

A Holanda se encontrava em processo de independência. Tendo seu território dominado pelo Sacro Império Romano Germânico e sofrendo grande influência de diversos ramos dos Habsburgos (sobretudo de seu ramo espanhol, liderado por Filipe II da Espanha), os holandeses se revoltaram e iniciaram uma guerra, conhecida como Guerra dos Oitenta Anos. No norte do país, através da União de Utrecht, surgia a “República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos”, que liderada por Guilherme de Orange, tornou – se independente da Espanha e dos Habsburgos, se desenvolvendo rapidamente. Ao sul, os “Países Baixos Espanhóis” se mostravam leais à Espanha e ao duque de Alba, governante Habsburgo contrário ao protestantismo.

A Espanha se encontrava unida com Portugal, no período conhecido como “União Ibérica”, ocorrido após a morte do rei português D. Sebastião, na Batalha de Alcácer – Quibir, no Marrocos, e a iminência da morte de seu sucessor, o cardeal D. Henrique, em 1580. A Espanha de Filipe II era uma das grandes potências mundiais, tendo derrotado os turcos em Lepanto (1571), conquistado totalmente o Peru (1572), estado em uma guerra contra a Holanda e enviado uma poderosa tropa para a Inglaterra (a Invencível Armada, em 1588). Com o início do processo de esgotamento do fluxo da prata do Novo Mundo, por volta de 1590, e com a forte concorrência franco – britânica na América do Norte, as rotas comerciais espanholas começaram a cair.

Durante esse período histórico, a Inglaterra era comandada pela Rainha Elizabeth, que instalou uma era de prosperidade econômica para os ingleses, garantida pelo comércio e pelos saques de navios espanhóis abarrotados de ouro, apoiados pelo governo e feitos pelos corsários. Tais ataques aos navios espanhois estavam dentro do contexto da Guerra Anglo – Espanhola (1585 – 1604) , cujos principais momentos foram:

a) O Tratado de Nonsuch (1585), através do qual os ingleses se comprometeram a apoiar as Sete Províncias Unidas dos Países Baixos, na sua guerra de independência contra a Espanha.

b) O ataque a Santo Domingo, Cartagena de Indias e Flórida (1585), por parte dos corsários ingleses, liderados por Francis Drake.

c) O Ataque à Cadiz (1587), quando houve a destruição de parte da armada espanhola.

d) A Batalha de Gravelines (1588), na qual houve derrota da Invencivel Armada espanhola.

            Tal guerra, marcada pelas tensões entre protestantes e católicos, era iminente. Felipe II estava irritado com a interferência de Elizabeth I em assuntos internacionais, sobretudo na independência da Holanda sobre a Espanha. A ordem de invasão da Inglaterra, em 1588, foi dada pelo rei espanhol para tentar cessar as interferências, mas falhou. O bloqueio de Francis Drake e do Lorde Effingham conseguiu romper a armada espanhola e destruí-la, assegurando a vitória dos britânicos.

Antes do fim do governo da rainha Elizabeth I, ocorreram algumas tentativas de tomada de poder, destacando – se um golpe frustrado (descoberto pela rainha antes de sua execução) que tinha respaldo da Espanha e visava derrubar a rainha Elizabeth e colocar no trono Maria Stuart, rainha escocesa que havia abdicado do trono em favor de seu filho (o rei Jaime I), na tentativa de restaurar o catoliscismo na Inglaterra.

            Ainda nesse período, os ingleses sofreram alterações na política. Com a morte da Rainha Elizabeth e a ascensão de Jaime I ao trono, a Casa de Tudor deixou o poder da Inglaterra, sendo substituída pela Casa de Stuart. O novo rei passou a incentivar as artes, sobretudo o teatro, em uma prática similar ao Mecenato. Ainda em seu mandato, se destacaram a União das Coroas de Inglaterra e Escócia, de forma não oficial, dado o fato do rei Jaime I ser o monarca de ambas as nações.

            Ainda durante o governo de Jaime I, ocorreu a Conspiração da Pólvora, no qual um grupo de católicos ingleses tentou explodir o Parlamento em sua sessão de abertura, na qual se encontravam a família Real e todos os parlamentares, incluindo o Primeiro – Ministro. No final do mandato de Jaime I, ocorreu o início da Guerra dos Trinta Anos, colocando a Suécia, Dinamarca-Noruega, Inglaterra e Holanda contra Espanha, Sacro – Império Romano Germânico, Áustria e Hungria, resultando na Paz de Vestfália.