terça-feira, 23 de outubro de 2012

O Caso dos Dez Negrinhos

William Henry Blore

William Henry Blore, mais conhecido como Sr. Blore, era um homem grande, de olhos acinzentados, muito próximos um do outro, com um bigode parecido com o de um militar. Foi um funcionário do departamento de investigação criminal de Scotland Yard e trabalhava como detetive particular. Havia sido contratado pelo Sr. Owen para que fosse à Ilha do Negro com o objetivo de investigar os outros convidados. Era corpulento, podia ser inapropriadamente familiarizado com os outros para tentar inspirar confiança e facilidade, mas seu comportamento, geralmente, não era bem recebido pelos outros. Blore era um homem esperto, ardiloso (isso era percebido nas situações mais difíceis) e muito organizado, uma vez que, no trem, antes de chegar à ilha, ele anotava cuidadosamente em seu caderninho informações importantes sobre o local a ser visitado e sobre os outros convidados.
            O ex-Inspetor da Scotland Yard foi acusado de ter provocado a morte de James Stephen Landor em 10 de outubro de 1928. Blore foi o funcionário de polícia encarregado das investigações do caso Landor, o qual foi condenado em virtude do depoimento de William.  Landor havia assaltado o banco London and Commercial, sendo condenado a trabalhos forçados perpétuos. Ele morreu em Dartmoor, na Inglaterra, um ano mais tarde, por causa de sua saúde delicada. A partir desse caso, Blore foi promovido em seu emprego.
            No poema presente nos quartos dos convidados, a morte de Blore era descrita no seguinte verso: “Três negrinhos passeando no Zoo. E depois? O urso abraçou um, e então ficaram dois.” Segundo a conclusão de Vera Claythorne, o tal Zoo correspondia à ideia de que os convidados restantes, após tantas mortes assustadoras, muitas suspeitas e extremo medo, já não se comportavam mais como seres humanos civilizados, mas sim como animais selvagens vivendo num zoológico, onde, a cada dia, um deles era assassinado misteriosamente.
            No dia em que restavam apenas três indivíduos na casa, sendo eles Vera, Lombard e Blore, no mesmo dia em que tudo se encerrou, no horário do almoço, quando William entrava sozinho na casa para almoçar, um grande bloco de mármore branco, o qual era o relógio em forma de urso do quarto da Srta. Vera Claythorne, foi atirado da janela do quarto da mesma, acertando a cabeça de William Blore. Dessa forma, explica-se o trecho “O urso abraçou um” do poema. A cabeça do homem foi esmagada e destroçada, enquanto seus braços e pernas ficaram esticados. O ex-Inspetor foi assassinado na região leste do terraço da casa. A partir de então, passaram a restar na ilha, como eles acreditavam, apenas Vera Claythorne e Philip Lombard.
Fontes de pesquisa
  • CHRISTIE, Agatha. O Caso dos Dez Negrinhos ou E não sobrou nenhum.
  • http://www.gamezone.com/news/agatha_christie_s_and_then_there_were_none_character_descriptions (acesso em 21/10/12, às 10h22).
  • http://www.novelguide.com/AndThenThereWereNone/characterprofiles.html (acesso em 21/10/12, às 10h50).



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