O Caso dos Dez Negrinhos
William Henry Blore
William Henry Blore, mais conhecido
como Sr. Blore, era um homem grande, de olhos acinzentados, muito próximos um
do outro, com um bigode parecido com o de um militar. Foi um funcionário do
departamento de investigação criminal de Scotland Yard e trabalhava como
detetive particular. Havia sido contratado pelo Sr. Owen para que fosse à Ilha
do Negro com o objetivo de investigar os outros convidados. Era corpulento,
podia ser inapropriadamente familiarizado com os outros para tentar inspirar
confiança e facilidade, mas seu comportamento, geralmente, não era bem recebido
pelos outros. Blore era um homem esperto, ardiloso (isso era percebido nas
situações mais difíceis) e muito organizado, uma vez que, no trem, antes de
chegar à ilha, ele anotava cuidadosamente em seu caderninho informações
importantes sobre o local a ser visitado e sobre os outros convidados.
O ex-Inspetor da Scotland Yard foi
acusado de ter provocado a morte de James Stephen Landor em 10 de outubro de
1928. Blore foi o funcionário de polícia encarregado das investigações do caso
Landor, o qual foi condenado em virtude do depoimento de William. Landor havia assaltado o banco London and Commercial, sendo condenado a
trabalhos forçados perpétuos. Ele morreu em Dartmoor, na Inglaterra, um ano
mais tarde, por causa de sua saúde delicada. A partir desse caso, Blore foi
promovido em seu emprego.
No
poema presente nos quartos dos convidados, a morte de Blore era descrita no seguinte
verso: “Três negrinhos passeando no
Zoo. E depois? O urso abraçou um, e então ficaram dois.” Segundo a conclusão
de Vera Claythorne, o tal Zoo correspondia à ideia de que os convidados
restantes, após tantas mortes assustadoras, muitas suspeitas e extremo medo, já
não se comportavam mais como seres humanos civilizados, mas sim como animais
selvagens vivendo num zoológico, onde, a cada dia, um deles era assassinado
misteriosamente.
No dia em que restavam apenas três
indivíduos na casa, sendo eles Vera, Lombard e Blore, no mesmo dia em que tudo
se encerrou, no horário do almoço, quando William entrava sozinho na casa para
almoçar, um grande bloco de mármore branco, o qual era o relógio em forma de
urso do quarto da Srta. Vera Claythorne, foi atirado da janela do quarto da
mesma, acertando a cabeça de William Blore. Dessa forma, explica-se o trecho “O urso abraçou um” do poema. A cabeça
do homem foi esmagada e destroçada, enquanto seus braços e pernas ficaram
esticados. O ex-Inspetor foi assassinado na região leste do terraço da casa. A
partir de então, passaram a restar na ilha, como eles acreditavam, apenas Vera Claythorne e Philip Lombard.
Fontes de pesquisa
- CHRISTIE, Agatha. O Caso dos Dez Negrinhos ou E não sobrou nenhum.
- http://www.gamezone.com/news/agatha_christie_s_and_then_there_were_none_character_descriptions
(acesso em 21/10/12, às 10h22).
- http://www.novelguide.com/AndThenThereWereNone/characterprofiles.html
(acesso em 21/10/12, às 10h50).
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