GOVERNO FHC
O governo presidencial de dois
mandatos, 1º mandato (1994-1997) e 2º mandato (1998-2002), de Fernando Henrique
Cardoso foi marcado pela efetiva implantação da política Neoliberal no Brasil.
Fernando Henrique Cardoso nasceu no
estado do Rio de Janeiro no dia 18 de junho de 1931, com menos de dez (10) anos
mudou-se para São Paulo, lá concluiu o curso de Ciências Sociais pela
Universidade de São Paulo (USP), realizou os estudos de pós-graduação na
Universidade de Paris. Na década de 1960, após o Golpe Militar no Brasil, foi
exilado no Chile e posteriormente na França, onde realizou seus estudos de
pós-graduação, retornou para o Brasil como professor da USP no ano de 1968, com
o decreto do Ato Institucional (AI-5) foi aposentado de suas atribuições
docentes.
Após a aposentadoria foi convidado a
lecionar em algumas universidades estrangeiras e fundou, juntamente com outros
intelectuais brasileiros, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP).
Esse Centro tinha como principal objetivo a análise da realidade socioeconômica
da sociedade brasileira.
Sua vida política teve início no ano
de 1978, quando foi eleito suplente do Senador paulista Franco Montoro, no ano
de 1983 assumiu o senado quando Franco Montoro foi eleito governador do estado
de São Paulo. Perdeu as eleições para a prefeitura de São Paulo para Jânio
Quadros no ano de 1985, mas em 1986 foi eleito senador por São Paulo.
Fernando Henrique Cardoso foi um dos
fundadores do Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB). No primeiro ano do
mandato do presidente Itamar Franco, Fernando Henrique assumiu o Ministério das
Relações Exteriores, em 1992, e no ano seguinte foi atribuída a ele a função de
Ministro da Fazenda. Nesta pasta realizou uma reforma monetária na economia
brasileira que vivia sucumbida pela inflação, o chamado Plano Real.
Em 1993 deixou o Ministério da Fazenda
e lançou sua candidatura à presidência da República pelo PSDB, seu principal
adversário foi Luiz Inácio Lula da Silva, que concorria à presidência pelo
Partido dos Trabalhadores (PT), Lula era o favorito à presidência. Fernando
Henrique Cardoso ganhou as eleições e assumiu a pasta presidencial no ano de
1994. Seu principal objetivo durante o primeiro mandato foi o combate à
inflação.
No primeiro mandato, mas precisamente
no de 1997, FHC (como ficou conhecido) deu continuidade ao processo de reformas
estruturais com a finalidade de evitar a volta da inflação, procurando deixar a
economia estável. Durante este mandado o presidente pautou pela privatização de
várias estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do
setor de mineração e siderurgia), a Telebrás (empresa de telecomunicações) e o
Banespa (banco pertencente ao governo do estado de São Paulo). A compra das
empresas estatais ocorreu, sobretudo, por grupos estrangeiros, que faziam
aquisição das ações ou compravam grande parte dessas, assim, tornavam-se sócios
majoritários.
Ainda no ano de 1997, FHC conseguiu
enviar e aprovar no Congresso Nacional a emenda da reeleição, tornando-se
candidato outra vez à presidência da república e ainda tendo Lula como seu
principal adversário. O Plano Real e o controle da inflação continuou sendo sua
principal propaganda política, o que favoreceu a FHC mais uma vitória nas
urnas, conseguindo a reeleição.
No ano de 1999, FHC assumiu o segundo
mandato como presidente do Brasil, neste mandato não houve grandes
investimentos nas reformas estruturais (privatizações). Ocorreram, sim, algumas
reformas no setor da Educação, sendo aprovadas no ano de 1996 as Leis de
Diretrizes e Bases para a Educação (LDB), e posteriormente foram criados os
Parâmetros Curriculares para o Ensino Básico.
Ao final do seu segundo mandato
(2002), somando oito (8) anos no poder, FHC conseguiu controlar a inflação
brasileira, entretanto, durante o seu governo a distribuição de renda no Brasil
continuou desigual, a renda dos 20% da população rica continuou cerca de 30
vezes maior que a dos 20% da população mais pobre. O Brasil ficou em excessiva
dependência do Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo FHC foi
responsável pela efetiva inserção do Brasil na política Neoliberal.
FHC deixou a presidência no dia 1 de
janeiro de 2003, e quem a assumiu foi Luiz Inácio Lula da Silva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário