quarta-feira, 5 de setembro de 2012


Trabalho Filosofia - Idealismo Alemão (1º B)











Texto produzido pelo grupo:

Uma doutrina idealista recebe esse nome quando diz que o papel do homem é mais importante do que o objeto no processo de conhecimento. Existem vários tipos de idealismo. O principal idealista da antiguidade era Platão, com sua teoria das ideias. Além de Descartes com seu Cogito, e Kant com a Critica da Razão Pura. Kant foi o filósofo que criou as bases para o idealismo alemão, desenvolvido no início do século XIX.
Johan Gottlieb Fichte,(1726 – 1814) foi um dos filósofos pioneiros do movimento. Para entende-lo, devemos lembrar da ideia de Kant de que só podemos conhecer o pensamento ou a consciência que temos das coisas, ou seja, só podemos conhecer aquilo que percebemos. Isso quer dizer que o eu é o princípio da consciência pois há a necessidade que eu perceba as coisas e dê o formato à elas, ou seja, os objetos apenas se encaixam nos moldes da percepção humana.
Usando esse princípio Kantiano, Fichte transformou-o no princípio criador de toda a realidade. Esse foi o apogeu do idealismo, pois segundo Fichte a realidade objetiva seria fruto do espírito humano, das observações humanas. Isso porque, segundo ele, trazemos concepções lógicas das coisas do universo, e o universo interviria nessas concepções. Ele se refere às coisas da realidade de não eu, aquilo que foi criado pelo eu.
O princípio de Kant é também retomado por Friedrich Schelling. Nascido na cidade alemã de Leonberg, e viveu de 1775 a 1854. Ele procurou explicar como se da à existência das coisas, do mundo real, a partir do eu, mas sem acreditar que o mundo era puro de não eu.
Para ele haveria um único princípio, uma inteligência, que seria superior e exterior ao indivíduo, mas este continuaria regendo todas as coisas. Essa inteligência se manifestaria em diversos níveis, e o mais alto seria o ser humano. Essa noção é mais fácil de se compreender, uma vez que é parecida com a teoria de Deus: uma inteligência que se manifesta e se concretiza no mundo sensível. E esse seria o ponto de partida da filosofia de Hegel.
      Georg Wilhelm Friedrich Hegel
      Alemão
      Nascimento = Stuttgart, 27 de agosto de 1770 .
      Morte = Berlim, 14 de novembro de 1831.
      Estudou no seminário de Tubinga.
      Depois de ter se tornado tutor em Berna e em Frankfurt, Hegel começou a lecionar na Universidade de Jena, onde permaneceu de 1801 a 1806
      Foi professor das ciências filosóficas preparatórias do Ginásio de Nuremberg em 1808
      Se tornou reitor em 1809
      Em 1816 ocupou uma cátedra na Universidade de Heidelberg.

Hegel foi, talvez, o filósofo que conseguiu elaborar uma teoria com um sistema filosófico muito abrangente. Tentou conciliar a filosofia com a realidade.

Idealismo Absoluto
Hegel entendia a realidade como um processo advindo ao pensamento, o que fosse real seria racional, e o racional, real.  Ou seja, tudo que é racional possui realidade, e tudo que é real possui racionalidade. Sendo assim, ele rompe com a diferenciação entre consciência e mundo, que antes era usada pelos demais pensadores.
Ele traz a ideia de que haveria uma realidade que se identificaria totalmente com o espírito, que seria a razão. E, de acordo com isso, o princípio de tudo seria a racionalidade, inclusive da natureza, e nessa situação o ser humano seria a manifestação mais elevada dessa razão.

Movimento Dialético
Hegel concebia a realidade como espírito, ou seja, destacava que ela não era apenas uma substância (algo permanente, rígido), mas um sujeito com vida própria que pode atuar. Entender a realidade desse modo significa ver seu atuar constante, ou seja, como movimento ou processo.
O movimento da realidade apresentaria momentos que se contradizem, mas sem perderem a unidade do processo, ou seja, sem atrapalharem seus desenvolvimentos. Ao se contraporem, as ideias trariam o autoenriquecimento, ou seja, juntas aprenderiam e continuariam seus caminhos com ideias aprimoradas.
E tudo isso se dá pelo movimento dialético real, desenvolvido em três passos:
1º ser em si: momento de uma planta como semente (tese);
2º ser outro (ou fora de si): momento em que a semente se transforma em algo novo (antítese)
3º ser para si: momento em que surge a planta (síntese dos momentos anteriores)
E esses momentos se repetem em forma cíclica, que nunca acaba. Desse modo, todo momento final de algo vai se tornar o momento inicial de algo mais avançado.

Saber absoluto
Para Hegel, para que possamos compreender a realidade precisamos que a razão seja colocada como o entendimento absoluto de todas as coisas. Feito isso, nossa consciência adquiriria razão (ou conhecimento absoluto), ou seja, nossa consciência adquiria o status de certeza de toda a realidade. Sendo assim a consciência harmonizaria o ser e o pensar, tornando-se o conjunto das duas. Ao chegar ao status de conhecimento absoluto, a consciência baseada na razão passa a ser usada para estudar o finito e o infinito.
Isso significa que o objetivo da filosofia seria passar o entendimento das coisas finitas e limitadas para chegar ao saber da coisa em si, o saber absoluto. Seria a busca do infinito pelo infinito, a consciência caminhando rumo ao infinito.
Em sua obra, Hegel tenta apresentar esse caminho do conhecimento finito ao absoluto, e esse caminho se daria em vários campos do conhecimento.
Falando sobre a natureza, Hegel acaba com a ideia de que a natureza seria divina, colocando o espírito humano como superior, uma vez que o ser humano é livre e atinge sua superioridade pela liberdade a ele concedida. Em relação ao espírito ele fala de 3 instâncias:

·         Espírito subjetivo: o indivíduo e sua consciência individual;
·         Espírito objetivo: instituições e costumes historicamente produzidos pelos seres humanos, a expressão da liberdade humana;
·         Espírito absoluto: se manifesta na arte, na religião e na filosofia como espírito que se compreende a si mesmo.

Filosofia e História
Para Hegel, a história seria o desdobramento do espírito objetivo. Isso porque este é a expressão da liberdade humana, e essa liberdade se dá a partir do direito, da moralidade, da ética, englobando família, sociedade e Estado. O Estado Político seria o momento mais elevado do espírito objetivo, uma vez que o indivíduo só existe como membro do Estado.
Sendo assim, a história seria o desdobramento do espírito no tempo. Por isso a filosofia não deveria pensar na história como movimentos isolados, e sim como o absoluto. Vendo assim, a história seria uma contínua evolução da ideia de liberdade, que se desenvolve segundo um plano racional.
            Por isso para Hegel, os conflitos, guerras, injustiças, deveriam ser entendidas como contradições, como momentos negativos que funcionam como mola dialética, que leva à sequencia da história. Usando os termos hegelianos, essas contradições seriam as antíteses, que ao contrapor as teses levavam ao surgimento de uma etapa superior chamada síntese.
            Por isso, se para Hegel tudo que é real é racional, e tudo que é racional é real, tudo que existe seria parte de um plano racional, portanto teria um sentido dentro do processo histórico.



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