domingo, 3 de junho de 2012

Gente,

O Arthur me mandou um resumo de história para eu postar aqui no blog:


Resumo de História – 2º Tri – P1

1. A ascenção do nazifascismo (1924 – 1945)

O nazifascismo, composto por grupos de extrema direita, surge após o término da 1ª Guerra Mundial. Os principais países que compunham o bloco nazifascista (Itália e Alemanha) encontravam – se destruídos por causa da guerra. A República de Weimar (Alemanha) estava com uma grave crise política e econômica, gerada pelas pesadas indenizações impostas em Versalhes. A monarquia italiana, por sua vez, enfrentava graves problemas políticos (disputas partidárias).

Suas principais características eram o coletivismo (as ações do indivíduo devem beneficiar exclusivamente a nação), o militarismo (necessidade de criação de um exército), o nacionalismo e a censura. Com a proposta de centralização política através do líder da nação, destacando – se o papel do Duce, na Itália, e do Fuhrer, na Alemanha, os partidos nazifascistas rapidamente chegaram ao poder em algumas nações europeias, com o apoio das principais nações do continente (Inglaterra e França), que temiam o avanço do socialismo.

a) O fascismo italiano (1919 – 1945)

            O partido fascista italiano, liderado por Benito Mussolini, surgiu em 1919. Em 1924, através do evento conhecido por “Marcha sobre Roma”, Mussolini tomou o poder no país, forçando o rei Vitor Emanuel III a entregar o cargo de primeiro – ministro aos fascistas. Após a ascenção ao poder, Mussolini passou a governar de forma ditatorial, ignorando o poder da monarquia, que passou a ser apenas uma figura decorativa.

            Em 1929, através do Tratado de Latrão, Mussolini firmou um acordo com a Igreja Católica e pôs fim à Questão Romana, concedendo à Igreja Católica o atual Vaticano, instituindo o Catolicismo como religião oficial da Itália e pagando uma indenização relativa as perdas territoriais da Igreja. Com o Tratado, a Igreja se “aliou” aos fascistas.

            O uso da excessiva corrupção eleitoral serviu para manter Mussolini no poder até 1943, quando o rei Vitor Emanuel III depôs Mussolini do cargo de Primeiro – Ministro. Mussolini, então, cria a República de Salò, no norte da Itália, um estado efêmero que dura até a ocupação da Itália pelos aliados, em 1945.

b) O nazismo alemão (1920 – 1945)

            O Partido Nazista alemão surge no início da década de 1920, período no qual a República de Weimar se encontrava em profunda crise. As indenizações impostas pelo Tratado de Versalhes causaram grave inflação na economia alemã, além de favorecer uma possível ascenção do Partido Socialista. Em 1924, os nazistas tentaram chegar ao poder, através do Putsch de Munique  - golpe que falhou e resultou na prisão de diversos nazistas, incluindo Adolf Hitler (lider do partido). Na prisão, Hitler escreveu o livro Mein Kampf (Minha luta), uma espécie de Bíblia Nazista.

            O nazismo não se apoiava em uma ideologia própria, usando como base diversas fontes ideologias, como o neodarwinismo, as teorias sobre herança genética (Mendel) e as teorias racistas de Gobineau e Chamberlain. Adotava uma postura reacionária, buscando uma “era dourada” no passado ariano. Totalmente antissemita e antimarxista, os nazistas visavam expandir a Alemanha, rompendo diversas restrições dos humilhantes tratados de Versalhes e Saint - Germain. A luta contra o comunista (antimarxismo) era a justificativa para a expansão em direção ao leste, enquanto que o “desejo” de unir toda a raça ariana justificava a invasão de seus vizinhos.

            A ideologia nazista representava o desejo da classe média alemã em assumir o poder e pôr fim a constante disputa política – além disso, desejava acabar com o temor de uma possível ascenção socialista ao poder da República de Weimar, que acabaria com as propriedades privadas e com o poder da burguesia alemã.

            Existia, evidentemente, uma resistência contra os nazistas. Os religiosos, os intelectuais, os sociais – democratas, os liberais e os comunistas se opunham à ascenção do nazismo. Entretanto, o nazismo era apoiado pelos mais poderosos setores da sociedade: o exército alemão, a burguesia industrial e financeira, a polícia e a burocracia estatal.

            Em 1933, Hitler assume o cargo de chanceler alemão, nomeado pelo presidente von Hindenburg. Nessas eleições (1932), os nazistas obtêm 11 milhões de votos, contra 6 milhões dos liberais e 6 milhões dos comunistas. No mesmo ano da eleição de Hitler, ocorre o incêndio do Reichstag (parlamento); Hitler atribui a culpa aos socialistas, que são colocados na ilegalidade.

            Em 1934, com a morte do presidente von Hindenburg, Hitler unifica os cargos de presidente e chanceler, tornando – se o Fuhrer (comandante) alemão. Usando como base o lema “ein Volk, ein Reich, ein Führer” (um povo, um império, um líder), Hitler conseguiu eliminar as diferenças partidárias e sociais da Alemanha. O mesmo lema era um indício da forte propaganda feita por Joseph Goebbles, chefe do Departamento de Propaganda, que visava mostrar ao mundo a superioridade da raça ariana.

            Em 1935, são instituídas as Leis de Nuremberg, que tiram a cidadania dos judeus alemães, marcando o início da perseguição dos judeus por parte do governo. O auge dessa perseguição foi o Holocausto.

            As influências de Hitler e Mussolini e o sucesso que eles haviam obtido na Alemanha e na Itália, retirando os países de graves crises (econômicas e políticas), acabaram por instalar outros regimes nazifascistas na Europa: na Áustria, em Portugal (governo do Estado Novo português, chefiado por Salazar), na Letônia, na Romênia, na Hungria, na Grécia, na Bulgária e na Estônia. E em diversos países americanos, como o Brasil (governo do Estado Novo brasileiro, chefiado por Vargas) e Argentina (movimento peronista, comandado pelo presidente Juan Domingo Perón). 

2. Os antecedentes da 2ª Guerra Mundial (1930 – 1939)

a) O expansionismo do Eixo

            O Eixo, bloco formado por Japão, Itália e Alemanha, apresentou grande expansionismo nos anos que antecederam a 2ª Guerra Mundial. No Oriente, o Império Japonês havia conquistado grande parte das ilhas do Pacífico e a Manchúria, região do nordeste da China e rica em ferro, instalando ali um estado fantoche dos japoneses. A Itália havia invadido a Abissínia (Etiópia). A Alemanha, por sua vez, havia invadido e conquistado grande parte das regiões do centro da Europa, tendo destaque as invasões do Sarre, da Renânia, da Áustria e da Tchecoslováquia. Para que esse expansionismo fosse possível, foi fundamental o acontecimento da Política do Apaziguamento.

            Essa série de invasões por parte dessas nações culminou na assinatura de acordos mútuos entre elas, tendo destaque o Pacto de Aço (Itália – Alemanha) e o Pacto Anti – Komintern (Alemanha – Japão), que culminou com o Pacto Tripartite de 1940, oficializando a criação do Eixo.


Cartaz representando o Pacto Tripartite

b) Política do Apaziguamento (1929 – 1939)

Em 1929, ano em que a Grande Depressão ocorreu, a Grã – Bretanha resolveu criar uma frente de potências visando eliminar o estado Socialista. Para isso, aliou – se a França e a Alemanha, criando grandes carteis de carvão e armas. França e Inglaterra deveriam controlar seus domínios coloniais, enquanto que a Alemanha controlaria a Europa Central e Oriental (criação de uma frente capitalista, encabeçada pelas duas maiores potências da época: França e Inglaterra). Para que a Alemanha pudesse controlar a Europa Centro – Oriental, seria preciso que ela se expandisse sem restrições. Os políticos de Inglaterra e França passaram a não punir as atitudes de Hitler, pois sabiam que tais atitudes apenas levariam ao bem comum.

            Hitler, então, começa a colocar em prática seus planos expansionistas. Primeiramente, cessa o pagamento do restante da indenização de Versalhes (que já havia sido reduzida pelo Plano Young (1929) e pela Conferência de Lausanne (1932), quando as potências ocidentais tentaram salvar a Alemanha de Weimar). Depois, promove o rearmamento da Alemanha, criando indústrias bélicas, utilizando como justificativa a ideia de “espaço vital” (espaço necessário para o desenvolvimento da Alemanha). A seguir, a Alemanha quebrou o Tratado de Saint - Germain (que proibia que a Áustria se anexasse à Alemanha), se anexando à Áustria, após um fraudulento plebiscito (que resultou na aceitação da anexação).

           

c) A Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939)

            A série de eventos ocorridos entre 1932 e 1937 (mencionados anteriormente) não sofreram repressão das grandes potências que, além de estarem em crise econômica, desejavam o fim da ameaça socialista. O mesmo ocorreu com a Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939), episódio marcado pela disputa pelo poder da Espanha. De um lado, os socialistas (Frente Popular), vitoriosos nas eleições de 1936, liderados por Manuel Azaña e apoiados pela URSS; do outro, os fascistas (Falange), liderados pelo General Francisco Franco, apoiados pela Itália e pela Alemanha (e pelos setores religiosos, burgueses e industriais).

            Apoiados pela União Soviética e pelo Komintern, através da Brigada Internacional (15 mil homens), a Frente Popular não conseguiu medir forças aos fascistas, apoiados pela Legião Condor Alemã (10 mil homem) e pelo Exército Expedicionário Italiano (120 mil homens), além de receber aviões e tanques de guerra modernos. Contando com a aliança estratégica de Portugal, recebendo o petróleo de empresas estrangeiras e contando com a não – intervenção de Inglaterra e França, as forças do General Franco venceram o combate

A Guerra Civil Espanhola serviu para que os nazifascistas testassem sua potência bélica, contrariando as regras estabelecidas pela Conferência de Desarmamento de Genebra (1932), da qual a Alemanha recusou – se a participar. Apesar disso, representou a importância do combate às forças nazifascistas na Europa, sendo um combate direto entre a democracia e o fascismo – sendo, de fato, uma prévia da 2ª Guerra Mundial.

            A entrada da Alemanha no conflito foi uma tentativa de melhorar as relações diplomáticas entre Espanha e Alemanha, dada a iminência de uma guerra. A Alemanha, visando obter um aliado estratégico (a Espanha apresentava o estreito de Gibraltar, fundamental para o desejo alemão de conquistar o norte da África, além de fazer fronteira com a França, o que facilitaria uma futura invasão alemã). Entretanto, a neutralidade de Franco na guerra fez com que Hitler não obtivesse o tão desejado aliado.

Ruínas de Guernica após os bombardeios

d) A Política do Apaziguamento (continuação)

            Antes do fim da Guerra Civil Espanhola, Hitler continuou com seus planos expansionistas. Seu alvo, dessa vez, era a Tchecoslováquia e a região dos Sudetos. O desejo da conquista dessa região era antiga, visto que a Alemanha havia perdido os Sudetos após o fim da 1ª Guerra Mundial – a região possuia maioria da população alemã. A Tchecoslováquia, criada por ingleses e franceses após a guerra, recorreu à ajuda de seus criadores para tentar manter os Sudetos.

            Com a Conferência de Munique (1938), os ingleses e os franceses aceitaram a anexação dos Sudetos, em troca do comprometimento alemão em não invadir outros países. A Alemanha, todavia, quebra os acordos de Munique ao invadir totalmente a Tchecoslováquia e a Polônia, no ano seguinte.

Charge relativa à invasão da Tchecoslováquia pela Alemanha
           

A invasão da Polônia, que representou o fim da Política do Apaziguamento e o início da 2ª Guerra Mundial, também teve suas razões em uma das cláusulas de Versalhes. A Alemanha havia sido forçada a conceder o chamado “corredor polonês” e a cidade de Dantzig à Polônia, para que ela pudesse ter acesso ao mar. Para que a Alemanha pudesse invadir a Polônia sem sofrer retaliações por parte da URSS, o secretário de estado de Hitler, Ribbentropp, assina com o secretário de estado de Stalin, Molotov, o Pacto de Não – Agressão Germano – Soviético (ou Pacto Molotov – Ribbentropp). Com esse pacto, Alemanha e URSS se comprometeram a não se agredir durante um período de 10 anos, além de que a Alemanha se comprometeria a apoiar a invasão soviética na Finlândia. O Pacto Germano – Soviético representou a permanência de uma série de alianças entre os soviéticos e os alemães, originários do Tratado de Brest – Litovski e do Tratado de Rapallo.

Após a invasão da Polônia, Grã – Bretanha e França declararam guerra à Alemanha, que apoiada por Itália e Japão, entra na guerra. Começava, assim, a 2ª Guerra Mundial.

3. A 2ª Guerra Mundial


Quebra do Pacto de Não Agressão Germano Soviético
            Com a invasão da Polônia em 1939 e as declarações de guerra, deu – se início à 2ª Guerra Mundial. A Alemanha, empregando a Blietzkrieg (guerra relâmpago), uma prática que consistia no emprego maciço de aviação e veículos militares para uma rápida conquista de territórios. Com essa prática, a Alemanha rapidamente conquistou os Países Baixos (Holanda, Bélgica e Luxemburgo), a França, instalando um regime pró – fascista em Vichy, comandado pelo Marechal Pétain, a Dinamarca e a Noruega (obter a Rota do Ferro). No norte da África, surgiu um regime de resistência da França.

Expansão Máxima do Eixo

            Os países do Eixo dominaram a guerra até 1942, quando a Alemanha quebra o Pacto de Não – Agressão e invade a União Soviética, enfrentando uma decisiva batalha na cidade de Stalingrado (atual Volvogrado), que terminou com vitória da URSS. Até a derrota em Stalingrado, a Alemanha não havia sido derrotada na guerra. Com a derrota em Stalingrado, é criada a frente oriental de batalha.

            No final de 1941, os japoneses atacam a base naval de Pearl Harbor, no Oceano Pacífico, em retaliação ao congelamento de investimentos japoneses nos Estados Unidos. O ataque a Pearl Harbor foi determinante para a virada do conflito: os EUA se aliaram à França, União Soviética e Inglaterra, para combater os países do Eixo. Com atuação decisiva no Pacífico, os EUA conseguem impedir o avanço dos japoneses após a Batalha de Midway (1942), criando uma nova frente de batalha.

            No final de 1944, os aliados conseguem finalmente desembarcar na França, após venceram as forças do general Rummel e do Africa Korps na África e as forças japonesas na Indochina. Com a Batalha da Normandia, os exércitos dos aliados conseguem libertar a França do domínio alemão, criando uma terceira frente de batalha contra a Alemanha (1ª – Frente Soviética; 2ª – Frente Italiana; 3ª – Frente Francesa).

            Em 1945, a Alemanha nazista se rende, após o suicídio de Hitler, pondo fim a guerra na Europa. No mesmo ano, os americanos bombardeiam as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki, utilizando bombas atômicas (pois visavam impedir a rendição japonesa para os soviéticos), pondo fim definitivo à 2ª Guerra Mundial.

Cogumelo atômico do bombardeio à Nagazaki

É isso.. eu não li tudo, mas deve estar mais do que completo!! Boa semana :)

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