Texto de História
Milagre Econômico
Por Thais
Pacievitch
|
No
período entre 1969 e 1973, o crescimento econômico no Brasil alcançou níveis excepcionais, e por
isso ficou conhecido como “Milagre Econômico”.
Desde a década de 30, os governos brasileiros, tanto de
Getulio Vargas (teoria desenvolvimentista), quanto de Juscelino Kubitschek (Plano de Metas, com o lema “50 anos em 5”)
investiram em infraestrutura. Para tanto, foram realizados vários empréstimos.
Se por um lado o governo Vargas foi marcado pelo protecionismo, pois encarava
as empresas estrangeiras como exploradoras, o governo de Juscelino buscou no
capital estrangeiro os investimentos para equipar as
indústrias nacionais, e adotou medidas que privilegiavam esses empréstimos,
facilitando o envio de lucros ao exterior, e adotando uma taxa cambial
favorável a essas operações.
Ainda no governo de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961), a
dívida externa do país havia dobrado, o déficit na balança comercial tornou-se
motivo de preocupação, inclusive entre os investidores estrangeiros e a taxa de inflação alcançou níveis
elevados. Foi nesse contexto que o FMI (Fundo Monetário Internacional) passou a
interferir na economia brasileira, fazendo exigências.
Os anos que se seguiram foram marcados pela crise
política, além da já instalada crise econômica. Jânio Quadros, sucessor de Juscelino,
renunciou em 1961. O governo seguinte, de João Goulart, foi marcado pela
entrada em grande escala das empresas multinacionais americanas e européias. Em
1964, João Goulart foi deposto, e os militares tomaram o poder, com o marechal
Humberto Castello Branco na presidência.
Os militares, assim que assumiram, criaram o Programa de
Ação Econômica do Governo (PAEG), que tinha como objetivos combater a inflação
e realizar reformas estruturais, que permitissem o cresciemento. Com a
“estabilidade política”, os recursos estrangeiros retornaram ao Brasil
maciçamente. Com tamanho volume de capital, a economia se estabilizou.
Como resultado, nos anos seguintes, a classe média teve
aumentos consideráveis em sua renda, enquanto aumentava o abismo social no país.
O aumento das desigualdades
sociais e as divida externa
assumida nessa época são as principais heranças do Milagre Econômico no Brasil.
Em 1967, a economia dava sinais de recessão. Delfim
Netto, então encarregado pela economia do país, passou a investir nas empresas
estatais, nas áreas de siderurgia, petroquímica,
geração de energia, entre outras. As medidas surtiram efeito, e os
investimentos nas estatais renderam muitos lucros. O processo de industrialização finalmente havia chegado ao Brasil,
gerando milhões de empregos. Em 1969, quando Emílio Garrastazu Médici assumiu a
presidência, o “Milagre Econômico” acontecia. O processo de industrialização
finalmente havia chegado ao Brasil, gerando milhões de empregos.
Problemas:
- As indústrias nacionais não aguentaram com a concorrência dos produtos estrangeiros;
- As multinacionais vieram para o Brasil pois o sistema militar não permitia greves ou reivindicações;
- A concentração de renda aumentou muito;
- Foram feitas obras faraônicas para manipular o povo e fazê-lo acreditar que o Brasil estava crescendo (ex: Usina de Itaipu).
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