Resumo de História (Arthur)
Resumo
de História – 3° Tri – P1
1. A
Ditadura Militar
Em 31 de março de 1964, os militares
brasileiros dão um golpe de Estado, depondo o presidente João Goulart e assumem
o poder. Era o início da Ditadura Militar brasileira. Em 15 de abril de 1964, o
marechal Castelo Branco é eleito pelo Congresso e assume o poder.
É importante ressaltar que os
militares estavam divididos em duas facções: uma delas achava que os militares
deviam apenas “consertar” o país e sair do poder (Castelo Branco e Ernesto Geisel), enquanto que a outra achava
que os militares deveriam ficar por tempo indeterminado no poder (Artur da
Costa e Silva e Emílio Médici).
a) Castelo
Branco: Governo caracterizado por ter provocado grandes mudanças
no cenário nacional. Ordenou a elaboração de uma nova Constituição, que
substituiria a Constituição de 1946. Além disso, Castelo Branco governou com
base nos Atos Institucionais (AI), através dos quais ele cassou mandatos e
suspendeu direitos políticos, além de extinguir partidos, criar o bipartidarismo
entre ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático
Brasileiro) e tornar indiretas as eleições para governador e vice – governador,
que seriam responsáveis por nomear os prefeitos das cidades. Sucedeu – lhe o
marechal Artur da Costa e Silva.
b)
Costa e Silva: Governo caracterizado pela oficialização da
Constituição de 1967 e pela criação do AI – 5, que dava poderes ao presidente
para fechar o Congresso e decretar recesso, cassar mandatos e direitos
políticos, oficializar a tortura e a repressão, além de suspender o habeas
corpus. Entretanto, Costa e Silva usou pouco o AI – 5, pois sofreu um AVC pouco
tempo após a promulgação do ato. Sucedeu – lhe uma Junta Militar, que nomeou o
general Emílio Garrastazu Médici para o cargo de presidente.
c)
Médici: Governo caracterizado pela intensa repressão e tortura.
Com plena aplicação do AI – 5, o governo do general Médici foi marcado pelo
Milagre Econômico Brasileiro, que apesar de garantir mais empregos e aumentar
as exportações do país, aumentou a dívida externa e a inflação. O governo
Médici foi marcado por intenso ufanismo (como o slogan “Brasil: Ame – o ou
deixe – o”), pelas obras faraônicas (construção de Itaipu, da Transamazônica) e
pelo uso da Copa do Mundo de 1970 para alegrar a população. Além disso, o
governo Médici foi marcado pelo surgimento de órgãos de informação das forças
armadas (SNI e DOI – Codi). No final do governo Médici, a Crise do Petróleo de
1973 encerrou o Milagre Econômico e colocou o país em crise. Seu sucessor na
presidência foi o general Ernesto Geisel.
d)
Geisel: Governo caracterizado pela volta do pluripartidarismo
(extinto com o AI – 2) e pelo Pacotão de Abril, série de mudanças nas leis
eleitorais. A primeira mudança dizia respeito à porcentagem de votos necessários
para se aprovar uma lei no Congresso (antes = 50%; depois = 2/3). A segunda
mudança dizia respeito à eleição de senadores (um dos senadores de cada Estado
passou a ser escolhido pela alta cúpula militar; os outros dois continuaram
sendo escolhidos normalmente) e de deputados federais (o número de deputados
passou a ser proporcional ao número de nascimentos do estado, deixando de ser
proporcional ao número de eleitores).
O
Governo Geisel ainda foi marcado pela Lei Falcão (impedindo o debate eleitoral
e a divulgação das propostas dos candidatos, favorecendo os candidatos
favoráveis ao regime militar) e pela Lei da Anistia (anistiando torturadores e
torturados, exceto aqueles que haviam matado alguém).
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