O Arthur me mandou um resumo de história para eu postar aqui no blog:
Resumo de História –
2º Tri – P1
1. A
ascenção do nazifascismo (1924 – 1945)
O
nazifascismo, composto por grupos de extrema direita, surge após o término da
1ª Guerra Mundial. Os principais países que compunham o bloco nazifascista
(Itália e Alemanha) encontravam – se destruídos por causa da guerra. A
República de Weimar (Alemanha) estava com uma grave crise política e econômica,
gerada pelas pesadas indenizações impostas em Versalhes. A monarquia italiana,
por sua vez, enfrentava graves problemas políticos (disputas partidárias).
Suas
principais características eram o coletivismo (as ações do indivíduo devem
beneficiar exclusivamente a nação), o militarismo (necessidade de criação de um
exército), o nacionalismo e a censura. Com a proposta de centralização política
através do líder da nação, destacando – se o papel do Duce, na Itália, e do
Fuhrer, na Alemanha, os partidos nazifascistas rapidamente chegaram ao poder em
algumas nações europeias, com o apoio das principais nações do continente
(Inglaterra e França), que temiam o avanço do socialismo.
a) O fascismo italiano (1919 – 1945)
O partido fascista italiano,
liderado por Benito Mussolini, surgiu em 1919. Em 1924, através do evento
conhecido por “Marcha sobre Roma”, Mussolini tomou o poder no país, forçando o
rei Vitor Emanuel III a entregar o cargo de primeiro – ministro aos fascistas.
Após a ascenção ao poder, Mussolini passou a governar de forma ditatorial,
ignorando o poder da monarquia, que passou a ser apenas uma figura decorativa.
Em 1929, através do Tratado de
Latrão, Mussolini firmou um acordo com a Igreja Católica e pôs fim à Questão
Romana, concedendo à Igreja Católica o atual Vaticano, instituindo o
Catolicismo como religião oficial da Itália e pagando uma indenização relativa
as perdas territoriais da Igreja. Com o Tratado, a Igreja se “aliou” aos
fascistas.
O uso da excessiva corrupção
eleitoral serviu para manter Mussolini no poder até 1943, quando o rei Vitor Emanuel
III depôs Mussolini do cargo de Primeiro – Ministro. Mussolini, então, cria a
República de Salò, no norte da Itália, um estado efêmero que dura até a
ocupação da Itália pelos aliados, em 1945.
b) O
nazismo alemão (1920 – 1945)
O Partido Nazista alemão surge no
início da década de 1920, período no qual a República de Weimar se encontrava
em profunda crise. As indenizações impostas pelo Tratado de Versalhes causaram
grave inflação na economia alemã, além de favorecer uma possível ascenção do
Partido Socialista. Em 1924, os nazistas tentaram chegar ao poder, através do
Putsch de Munique - golpe que falhou e
resultou na prisão de diversos nazistas, incluindo Adolf Hitler (lider do
partido). Na prisão, Hitler escreveu o livro Mein Kampf (Minha luta), uma
espécie de Bíblia Nazista.
O nazismo não se apoiava em uma
ideologia própria, usando como base diversas fontes ideologias, como o
neodarwinismo, as teorias sobre herança genética (Mendel) e as teorias racistas
de Gobineau e Chamberlain. Adotava uma postura reacionária, buscando uma “era
dourada” no passado ariano. Totalmente antissemita e antimarxista, os nazistas
visavam expandir a Alemanha, rompendo diversas restrições dos humilhantes
tratados de Versalhes e Saint - Germain. A luta contra o comunista
(antimarxismo) era a justificativa para a expansão em direção ao leste,
enquanto que o “desejo” de unir toda a raça ariana justificava a invasão de
seus vizinhos.
A ideologia nazista representava o
desejo da classe média alemã em assumir o poder e pôr fim a constante disputa
política – além disso, desejava acabar com o temor de uma possível ascenção
socialista ao poder da República de Weimar, que acabaria com as propriedades
privadas e com o poder da burguesia alemã.
Existia, evidentemente, uma
resistência contra os nazistas. Os religiosos, os intelectuais, os sociais –
democratas, os liberais e os comunistas se opunham à ascenção do nazismo.
Entretanto, o nazismo era apoiado pelos mais poderosos setores da sociedade: o
exército alemão, a burguesia industrial e financeira, a polícia e a burocracia
estatal.
Em 1933, Hitler assume o cargo de
chanceler alemão, nomeado pelo presidente von Hindenburg. Nessas eleições
(1932), os nazistas obtêm 11 milhões de votos, contra 6 milhões dos liberais e
6 milhões dos comunistas. No mesmo ano da eleição de Hitler, ocorre o incêndio
do Reichstag (parlamento); Hitler atribui a culpa aos socialistas, que são
colocados na ilegalidade.
Em 1934, com a morte do presidente
von Hindenburg, Hitler unifica os cargos de presidente e chanceler, tornando –
se o Fuhrer (comandante) alemão. Usando como base o lema “ein Volk, ein Reich,
ein Führer” (um povo, um império, um líder), Hitler conseguiu eliminar as
diferenças partidárias e sociais da Alemanha. O mesmo lema era um indício da forte
propaganda feita por Joseph Goebbles, chefe do Departamento de Propaganda, que
visava mostrar ao mundo a superioridade da raça ariana.
Em 1935, são instituídas as Leis de
Nuremberg, que tiram a cidadania dos judeus alemães, marcando o início da perseguição
dos judeus por parte do governo. O auge dessa perseguição foi o Holocausto.
As influências de Hitler e Mussolini
e o sucesso que eles haviam obtido na Alemanha e na Itália, retirando os países
de graves crises (econômicas e políticas), acabaram por instalar outros regimes
nazifascistas na Europa: na Áustria, em Portugal (governo do Estado Novo
português, chefiado por Salazar), na Letônia, na Romênia, na Hungria, na
Grécia, na Bulgária e na Estônia. E em diversos países americanos, como o
Brasil (governo do Estado Novo brasileiro, chefiado por Vargas) e Argentina
(movimento peronista, comandado pelo presidente Juan Domingo Perón).
2. Os antecedentes da 2ª
Guerra Mundial (1930 – 1939)
a) O expansionismo do Eixo
O Eixo, bloco formado por Japão, Itália
e Alemanha, apresentou grande expansionismo nos anos que antecederam a 2ª
Guerra Mundial. No Oriente, o Império Japonês havia conquistado grande parte
das ilhas do Pacífico e a Manchúria, região do nordeste da China e rica em
ferro, instalando ali um estado fantoche dos japoneses. A Itália havia invadido
a Abissínia (Etiópia). A Alemanha, por sua vez, havia invadido e conquistado
grande parte das regiões do centro da Europa, tendo destaque as invasões do
Sarre, da Renânia, da Áustria e da Tchecoslováquia. Para que esse expansionismo
fosse possível, foi fundamental o acontecimento da Política do Apaziguamento.
Essa série de invasões por parte
dessas nações culminou na assinatura de acordos mútuos entre elas, tendo
destaque o Pacto de Aço (Itália – Alemanha) e o Pacto Anti – Komintern
(Alemanha – Japão), que culminou com o Pacto Tripartite de 1940, oficializando
a criação do Eixo.
Cartaz
representando o Pacto Tripartite
b) Política do Apaziguamento (1929 –
1939)
Em
1929, ano em que a Grande Depressão ocorreu, a Grã – Bretanha resolveu criar
uma frente de potências visando eliminar o estado Socialista. Para isso, aliou
– se a França e a Alemanha, criando grandes carteis de carvão e armas. França e
Inglaterra deveriam controlar seus domínios coloniais, enquanto que a Alemanha
controlaria a Europa Central e Oriental (criação de uma frente capitalista,
encabeçada pelas duas maiores potências da época: França e Inglaterra). Para
que a Alemanha pudesse controlar a Europa Centro – Oriental, seria preciso que
ela se expandisse sem restrições. Os políticos de Inglaterra e França passaram
a não punir as atitudes de Hitler, pois sabiam que tais atitudes apenas
levariam ao bem comum.
Hitler, então, começa a colocar em
prática seus planos expansionistas. Primeiramente, cessa o pagamento do
restante da indenização de Versalhes (que já havia sido reduzida pelo Plano
Young (1929) e pela Conferência de Lausanne (1932), quando as potências
ocidentais tentaram salvar a Alemanha de Weimar). Depois, promove o rearmamento
da Alemanha, criando indústrias bélicas, utilizando como justificativa a ideia
de “espaço vital” (espaço necessário para o desenvolvimento da Alemanha). A
seguir, a Alemanha quebrou o Tratado de Saint - Germain (que proibia que a
Áustria se anexasse à Alemanha), se anexando à Áustria, após um fraudulento
plebiscito (que resultou na aceitação da anexação).
c) A Guerra Civil Espanhola (1936 –
1939)
A série de eventos ocorridos entre
1932 e 1937 (mencionados anteriormente) não sofreram repressão das grandes
potências que, além de estarem em crise econômica, desejavam o fim da ameaça
socialista. O mesmo ocorreu com a Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939),
episódio marcado pela disputa pelo poder da Espanha. De um lado, os socialistas
(Frente Popular), vitoriosos nas eleições de 1936, liderados por Manuel Azaña e
apoiados pela URSS; do outro, os fascistas (Falange), liderados pelo General
Francisco Franco, apoiados pela Itália e pela Alemanha (e pelos setores
religiosos, burgueses e industriais).
Apoiados pela União Soviética e pelo
Komintern, através da Brigada Internacional (15 mil homens), a Frente Popular
não conseguiu medir forças aos fascistas, apoiados pela Legião Condor Alemã (10
mil homem) e pelo Exército Expedicionário Italiano (120 mil homens), além de
receber aviões e tanques de guerra modernos. Contando com a aliança estratégica
de Portugal, recebendo o petróleo de empresas estrangeiras e contando com a não
– intervenção de Inglaterra e França, as forças do General Franco venceram o
combate
A
Guerra Civil Espanhola serviu para que os nazifascistas testassem sua potência
bélica, contrariando as regras estabelecidas pela Conferência de Desarmamento
de Genebra (1932), da qual a Alemanha recusou – se a participar. Apesar disso,
representou a importância do combate às forças nazifascistas na Europa, sendo
um combate direto entre a democracia e o fascismo – sendo, de fato, uma prévia
da 2ª Guerra Mundial.
A entrada da Alemanha no conflito
foi uma tentativa de melhorar as relações diplomáticas entre Espanha e
Alemanha, dada a iminência de uma guerra. A Alemanha, visando obter um aliado
estratégico (a Espanha apresentava o estreito de Gibraltar, fundamental para o
desejo alemão de conquistar o norte da África, além de fazer fronteira com a
França, o que facilitaria uma futura invasão alemã). Entretanto, a neutralidade
de Franco na guerra fez com que Hitler não obtivesse o tão desejado aliado.
Ruínas
de Guernica após os bombardeios
d) A
Política do Apaziguamento (continuação)
Antes do fim da Guerra Civil
Espanhola, Hitler continuou com seus planos expansionistas. Seu alvo, dessa
vez, era a Tchecoslováquia e a região dos Sudetos. O desejo da conquista dessa
região era antiga, visto que a Alemanha havia perdido os Sudetos após o fim da
1ª Guerra Mundial – a região possuia maioria da população alemã. A
Tchecoslováquia, criada por ingleses e franceses após a guerra, recorreu à
ajuda de seus criadores para tentar manter os Sudetos.
Com a Conferência de Munique (1938),
os ingleses e os franceses aceitaram a anexação dos Sudetos, em troca do
comprometimento alemão em não invadir outros países. A Alemanha, todavia,
quebra os acordos de Munique ao invadir totalmente a Tchecoslováquia e a
Polônia, no ano seguinte.
Charge
relativa à invasão da Tchecoslováquia pela Alemanha
A
invasão da Polônia, que representou o fim da Política do Apaziguamento e o
início da 2ª Guerra Mundial, também teve suas razões em uma das cláusulas de
Versalhes. A Alemanha havia sido forçada a conceder o chamado “corredor
polonês” e a cidade de Dantzig à Polônia, para que ela pudesse ter acesso ao
mar. Para que a Alemanha pudesse invadir a Polônia sem sofrer retaliações por
parte da URSS, o secretário de estado de Hitler, Ribbentropp, assina com o
secretário de estado de Stalin, Molotov, o Pacto de Não – Agressão Germano –
Soviético (ou Pacto Molotov – Ribbentropp). Com esse pacto, Alemanha e URSS se
comprometeram a não se agredir durante um período de 10 anos, além de que a
Alemanha se comprometeria a apoiar a invasão soviética na Finlândia. O Pacto
Germano – Soviético representou a permanência de uma série de alianças entre os
soviéticos e os alemães, originários do Tratado de Brest – Litovski e do
Tratado de Rapallo.
Após
a invasão da Polônia, Grã – Bretanha e França declararam guerra à Alemanha, que
apoiada por Itália e Japão, entra na guerra. Começava, assim, a 2ª Guerra
Mundial.
3. A 2ª Guerra Mundial
Quebra
do Pacto de Não Agressão Germano Soviético
Com
a invasão da Polônia em 1939 e as declarações de guerra, deu – se início à 2ª
Guerra Mundial. A Alemanha, empregando a Blietzkrieg (guerra relâmpago), uma
prática que consistia no emprego maciço de aviação e veículos militares para
uma rápida conquista de territórios. Com essa prática, a Alemanha rapidamente
conquistou os Países Baixos (Holanda, Bélgica e Luxemburgo), a França,
instalando um regime pró – fascista em Vichy, comandado pelo Marechal Pétain, a
Dinamarca e a Noruega (obter a Rota do Ferro). No norte da África, surgiu um
regime de resistência da França.
Expansão
Máxima do Eixo
Os países do Eixo dominaram a guerra
até 1942, quando a Alemanha quebra o Pacto de Não – Agressão e invade a União
Soviética, enfrentando uma decisiva batalha na cidade de Stalingrado (atual
Volvogrado), que terminou com vitória da URSS. Até a derrota em Stalingrado, a
Alemanha não havia sido derrotada na guerra. Com a derrota em Stalingrado, é
criada a frente oriental de batalha.
No final de 1941, os japoneses
atacam a base naval de Pearl Harbor, no Oceano Pacífico, em retaliação ao
congelamento de investimentos japoneses nos Estados Unidos. O ataque a Pearl
Harbor foi determinante para a virada do conflito: os EUA se aliaram à França,
União Soviética e Inglaterra, para combater os países do Eixo. Com atuação
decisiva no Pacífico, os EUA conseguem impedir o avanço dos japoneses após a
Batalha de Midway (1942), criando uma nova frente de batalha.
No final de 1944, os aliados
conseguem finalmente desembarcar na França, após venceram as forças do general
Rummel e do Africa Korps na África e as forças japonesas na Indochina. Com a
Batalha da Normandia, os exércitos dos aliados conseguem libertar a França do
domínio alemão, criando uma terceira frente de batalha contra a Alemanha (1ª –
Frente Soviética; 2ª – Frente Italiana; 3ª – Frente Francesa).
Em 1945, a Alemanha nazista se
rende, após o suicídio de Hitler, pondo fim a guerra na Europa. No mesmo ano,
os americanos bombardeiam as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki,
utilizando bombas atômicas (pois visavam impedir a rendição japonesa para os
soviéticos), pondo fim definitivo à 2ª Guerra Mundial.
Cogumelo atômico do
bombardeio à Nagazaki
É isso.. eu não li tudo, mas deve estar mais do que completo!! Boa semana :)
Nenhum comentário:
Postar um comentário